Uma piedosa lenda de Natal conta que o Menino Jesus sentado num troneto brincou tecendo uma coroa de espinhos.
E um espinho machucou seu dedo indicador da mão direita.
Nesse momento, com ciência profética, Ele previu os sofrimentos que haveria de aceitar para redimir o genro humano.
Em sua doçura de criança e na candura de sua inocência infinita Ele pressentiu as dores lancinantes de sua Paixão e Morte na Cruz.
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Contemplou também a glória de sua Ressurreição. Anteviu a Redenção da humanidade, o triunfo universal da Igreja e da Cristandade.
escola de Murillo |
Numa outra tela do célebre pintor espanhol Francisco de Zurbarán (1598-1664) o Menino Deus contempla o dedo sangrando.
O rosto mais sereno parece velado pelo presságio do sofrimento vindouro trazido pela ferida.
Assim também e representado na tela da escola de Murillo.
Anônimo sevilhano |
O contraste entre a inocência e a doçura da criança com o horror da tortura toca os mais nobres sentimentos dos fiéis.
E inspira uma meditação apropriada para o Advento, período litúrgico iniciado no último domingo de novembro, tempo penitencial que nos prepara para bem receber no Natal ao Menino Jesus.
A piedosa lenda tem, aliás, diversas narrações em volta do tema central. No vídeo, oferecemos uma delas adaptada para a imagem.
Video: o Menino Jesus do Espinho