Nas abadias, monges desenvolveram as ciências naturais |
Luis Dufaur Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A alegada hostilidade da Igreja Católica à ciência não resiste a qualquer análise.
A verdade é que, sem a Igreja, não teria havido ciências sistemáticas e dinâmicas, diz o Prof. Thomas E. Woods "Como a Igreja Católica construiu a Civilização Ocidental".
De fato, a ideia de um mundo ordenado, racional — indispensável para o progresso da ciência — está ausente nas civilizações pagãs.
Árabes, babilônios, chineses, egípcios, gregos, indianos e maias não geraram a ciência, porque não acreditavam num Deus transcendente que ordenou a criação com leis físicas coerentes.
Os caldeus acumularam dados astronômicos e desenvolveram rudimentos da álgebra, mas jamais constituíram algo que se pudesse chamar de ciência. Os chineses "nunca formaram o conceito de um celeste legislador que impôs leis à natureza inanimada".
O paganismo bloqueou a ciência. Culto na China. |
Resultado: descobriram a bússola, mas não sabiam para o que servia e a usavam em adivinhações.
A Grécia antiga confundia os elementos com deuses perversos e caprichosos.
O Islã recusava a existência de leis físicas invariáveis, porque coarctariam a vontade absoluta de Alá.
Essas crendices todas tornam impossível a ciência.
O historiador da ciência Edward Grant indaga:
"O que tornou possível à civilização ocidental desenvolver a ciência e as ciências sociais, de uma maneira que nenhuma outra civilização o fizera anteriormente?
"A resposta, estou convencido, encontra-se num espírito de investigação generalizado e profundamente estabelecido como consequência da ênfase na razão, que começou na Idade Média”.
Série da EWTN apresentada por Thomas E. Woods, autor do livro "Como a Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental". AULA 2. Legendada em Português.