Carlos Magno batalha contra os saxões, British Library |
Vamos imaginar Carlos Magno no momento de se jogar contra os sarracenos que invadiram o sul da Espanha.
Então, ele está com a tenda dele armada, mas é uma tenda bonita, guerreira, militar, com pendões etc., etc.
Uma tenda medieval com guerreiros andando de um lado para o outro com uma compenetração que é de homem que está andando para a guerra sagrada.
Entram cinco, oito, dez homens. São os pares de Carlos Magno que se aproximam. Carlos Magno está majestoso, num repouso fecundo, desses repousos dos quais homens prontos para a batalha.
Urna com os restos de Carlos Magno, Aachen, Alemanha |
Todos se aproximam, quando os pares vão passando pelo acampamento, todo mundo tem um frisson: “Olhe Roland, olhe Olivier, olhe aquele!” Todo mundo se extasia.
À medida que eles vão chegando perto da tenda de Carlos Magno, no exército vai havendo um silêncio, porque se compreende que um fenômeno enorme de alma vai se passar: Carlos Magno vai se encontrar com os seus pares, e vai dar as ordens de batalha.
Quando eles entram, eles se extasiam também diante da pessoa de Carlos Magno!
Carlos Magno, digno, grave, mas ao mesmo tempo afável, pergunta a eles que informações eles têm. Eles:
Fonte de Roland, Bremen, Alemanha |
— O que conta o meu valente Olivier, que fez tais coisas e tais coisas?
— Sire, a audácia do Crescente chegou até mais outro ponto, mas nós conseguimos estraçalhá-los etc., e apareceu Sant'Ana, Mãe da Bem-Aventurada Virgem Maria, nesta hora, quando o guerreiro tal gritou: “Sant'Ana, socorrei-nos!” E, com uma falange de Anjos, ela mandou que esses homens fossem embora.
Depois tal coisa e tal. Todos rezam e Carlos Magno depois dá o plano de batalha.
— “Vós, que vencestes na Espanha, que dobrastes os infiéis na Catalunha, e não sei mais o quê, vós ireis para tal lugar etc., etc...” repetindo um pouco os feitos de glória de cada um, para entusiasmar.
Oração comum, saem todos, reina o silêncio na tenda de Carlos Magno. A cena acabou. A batalha vai começar.
É muito superior!
(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, excertos de conferência pronunciada em 15/10/75. Sem revisão do autor)