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Castelo de Chaumont |
O historiador Rodney Stark colocou o problema: na História houve apenas uma civilização que saiu do nada, para acabar sendo hegemônica: a ocidental.
Existiram, sem dúvida, outras grandes civilizações: chinesa, egípcia, caldéia, indiana, etc.
Elas todas se iniciaram num alto nível, ficaram porém estagnadas e decaíram lenta mas irreversivelmente ao longo dos milênios.
Por que não cresceram como a ocidental e cristã?
Stark indica como causa dessa diferença capital entre a civilização cristã e as outras o papel desempenhado pela Igreja Católica.
As religiões pagãs, diz ele, originaram-se de lendas fantásticas impostas sem explicação.
Só a Religião católica convida os fiéis a aprofundar racionalmente as verdades da fé.
Já no século II Tertuliano ensinava que “Deus, o Criador de todas as coisas, nada fez que não fosse pensado, disposto e ordenado pela razão”.
Clemente de Alexandria, no século III, insistia: “Não julgueis que o que nós dissemos deve ser aceito só pela fé, mas deve ser acreditado pela razão”. Santo Agostinho consagrou tal ensinamento, e Santo Tomás, com suas Summas, levou-o a um píncaro.

Além do mais, os mitos abstrusos do paganismo degradam seus próprios seguidores.
Basta olhar para os pagãos da Índia, que despejam sobre um ídolo leite, especiarias e moedas de ouro de que podem ter necessidade, como se vê na foto.
Os monges medievais aplicaram a lógica racional à vida quotidiana e criaram uma regra de vida.
Surgiram então prédios de uma beleza até então desconhecida; o trabalho foi dignificado e organizado; surgiram escolas de todo tipo; códigos civis e comerciais, leis internacionais, hospitais, fábricas, invenções, remédios eficazes; vinhos e licores, etc.
A vassalagem do monge em relação ao abade e as relações das abadias entre si inspiraram a organização política feudal.
Uma força de elevação e requinte foi transmitida pela Igreja à sociedade no transcurso de gerações, e ergueu-se assim o mais formidável e esplendoroso edifício civilizador da História.







