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Luis Dufaur Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Quem observe o mapa da França, notará em sua costa ocidental, banhada pelo Atlântico, duas pontas ou imensas penínsulas: a maior, toda recortada em ilhas e pequenas baías, a desafiar o imenso oceano; a menor, lembrando um chifre voltado para a Inglaterra, situada ao norte.
A primeira corresponde à Bretanha; e a segunda pertence à Normandia.
Uma baía separa as duas penínsulas, e um rio, o Couesnon, divide os dois grandes ducados históricos.
Pirâmide maravilhosa

A seus pés, uma graciosa aldeia e vigorosos bastiões de defesa militar. É o Monte São Miguel — “Le Mont Saint-Michel, merveille d’Occident”, como tão bem soa em francês.

Madame Sévigné escreveu à sua filha, na época de Luís XIV, lembrando como o via de sua janela (ela habitava na região): orgulhoso e altaneiro, cheio de beleza.
E o literato Guy de Maupassant olhava a abadia como um castelo fantástico, a erguer-se escarpada longe da terra, maravilhosa como um palácio de sonho, inverossimilmente estranha e bela.
Neste cenário fantástico, o monte impressiona ao emergir das brumas da manhã com sua silhueta imprecisa, ou como esplendoroso monumento em dias límpidos.
Num relance podem-se ali vislumbrar o píncaro transcendente da visão religiosa, o espírito da fortaleza militar e a doçura de viver da pacífica aldeia do “menu peuple de Dieu” — o povinho que ainda praticava os Mandamentos.
(Autor: Wilson Gabriel da Silva, CATOLICISMO, setembro 2009.
O Monte Saint-Michel, a abadia e suas dependências (slideshow)
O Mont Saint-Michel: visita aérea desde um drone







